quarta-feira, 26 de maio de 2010

Adopção: Crianças Devolvidas


Um caso bastante estranho, mas também bastante comum na actualidade é a devolução de crianças após terem sido adoptadas. Em 2009, foram devolvidas às instituições do Estado 16 crianças adoptadas (menos 4 que em 2008). As razões para este problema ainda se encontram em estudo, mas crê-se que seja devido ao arrependimento dos casais que descobrem que, afinal, não estavam preparados para lidar com um filho ou a ocorrência de um inesperado divórcio e a falta de entendimento entre as partes quanto à custódia das crianças.

Segundo Idália Moniz, Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, das 2776 crianças (dados de Fevereiro de 2010) disponíveis para a adopção, 574 ninguém quer devido a terem mais de 3 anos, terem irmãos, serem doentes ou terem uma cor de pele diferente. É duro, mas é a realidade nua e crua. Para aqueles que não têm consciência dos actos que fazem, esta situação é bastante complicada não só para a instituição em si que fica mal vista, como também para a própria criança que acaba por sofrer por falta de amor ou por andar sempre de um lugar para o outro. As crianças não são bonecos e muito menos objectos que compramos e, se não estivermos satisfeitos, devolvemos "no prazo de garantia."



Que tal salvaguardar mais aqueles que pouco podem intervir neste assunto?


2 comentários:

  1. Acho simplesmente decadente esta situação. Se querem adoptar crianças, entao que o façam sabendo que poderão dar uma boa vida, carinho e amor. Agora adoptar e, mais tarde, devolver como se as crianças fossem meros objectos é que não está com nada. Na minha opinião, acho que a adopção devia ser um processo ainda mais rigoroso para que situações como estas não aconteçam.

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  2. Nestas situações, só o uso da palavra "devolução" já é, no mínimo, ridícula. Parece que os supostos pais não estão contentes com a "compra" e querem devolvê-la. É óbvio que muitas destas pessoas, para além da sua condição monetária, apresentam problemas do foro psicológico. Psicólogos poderiam ser uma boa solução, para avaliarem estes candidatos à adopção de crianças. Assim, algumas situações poderiam ser previstas e evitadas.

    Rúben Oliveira, nº 36859

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