segunda-feira, 22 de março de 2010

Toxicodependência - Uma vida Recuperada

Outro dos problemas mais graves da nossa sociedade: a toxicodependência. Escolhemos este tema porque, para além de ser um tema sempre actual, conseguiamos, muito facilmente, fazer uma reportagem radiofónica com um testemunho real. Por isso, começamos por falar um pouco sobre as drogas e, por fim, colocamos a reportagem radiofónica para todos aqueles que acharem interessante ouvirem uma pessoa que teve uma longa passagem pelo "mundo dos mortos." Segundo a Organização Mundial de Saúde, DROGA é qualquer substância natural ou sintética que, ao ser introduzida no organismo, pode modificar uma ou várias das suas funções. Há drogas cuja venda é livre, drogas lícitas, como por exemplo o álcool, o tabaco e alguns medicamentos, e outras cuja venda é proibida, que são as drogas ilícitas. Como exemplo de drogas ilícitas temos: o haxixe, o LSD, o ecstasy, a cocaína, a heroína, a marijuana, etc. A heroína deriva da morfina e esta do ópio e o ópio é extraído da papoila mas o seu efeito de euforia é muito maior. O que o toxicómano procura na heroína é o flash, isto é, uma sensação brutal e efémera, física e psíquica, no momento da injecção. Para manter a sensação as doses vão aumentando o que pode levar à morte.
A droga modifica a personalidade do indivíduo. Sob o seu efeito as pessoas deixam de ter vontade própria e realizam actos que, em condições normais, nunca realizariam.
O seu preço é muito elevado o que pode levar o toxicodependente a roubar ou a traficar para conseguir o dinheiro de que necessita para a comprar.
Como o toxicodependente consome, normalmente, várias doses de droga durante o dia, o que impede que se concentre, a sua produtividade começa assim a baixar, o que lhe torna o emprego instável.
Muitas drogas provocam agressividade nos indivíduos que as consome e essa agressividade acaba por ser descarregada nas pessoas que o rodeiam, especialmente na família.

Por isso... já sabem... digam NÃO às drogas!


Vida Atrás das Grades


O sistema prisional em Portugal tende a funcionar de uma maneira retrógrada, ineficaz, precária que visa a padecer de respostas aos problemas sociais na nossa sociedade. A ocupação dos estabelecimentos prisionais ultrapassa os 100% e não conseguem dar resposta às necessidades de acolhimento de todos os reclusos. Há casos de ocupação de 234% como a de Elvas e mesmo em Portimão com uma taxa de 214%. Os estabelecimentos começam a ser poucos e pequenos para tantos presidiários, o que origina de facto uma fraca resposta por parte do estado à justiça em Portugal. Para além do excesso de utentes nos estabelecimentos, as condições básicas de sustentabilidade de vida são muitas vezes quebradas com a agressão, a violação e o ataque constante a que estes são sujeitos. Não se trata de tratar bem um criminoso, mas sim, de garantir os cuidados mínimos de vida a um ser Humano. Os relatórios impiedosos de vítimas de agressão têm vindo à tona da água, e cada vez mais se sabe o abuso de poder que se vive dentro das quatro paredes de um estabelecimento prisional. Os utentes são espancados, são expostos a torturas inacreditáveis e atrozes à dignidade. Dentro da prisão existem grupos formados os quais entram em rivalidade constantemente. Conflitos estes de que resultam graves feridos e por vezes mortes. Estes conflitos fazem desencadear climas de tensão e stress que originam castigos a todos os culpados e uma corrente de comportamentos violentos aos quais a resposta não é menos violenta. O problema aqui passa não só pela problemática das pessoas em questão, mas também desta filosofia de vida que se vive. Se tudo gira em volta da violência, normal é que origine mais violência. Se a agressão é motivo de hierarquia, natural é que todos queiram atingir o topo atacando a fraqueza dos que os rodeiam. Há que mudar, há que fazer um esforço e tentar agir de uma maneira diferente não recorrendo à morte e ao espancamento como forma de espectáculo aplaudido.