segunda-feira, 19 de abril de 2010

Abandono Escolar


Este é outro dos problemas que afecta bastante o nosso país já há alguns anos. Antigamente as crianças que vinham de famílias pobres, como não tinham dinheiro para prosseguir os estudos, viam-se obrigadas a desistir e, consequentemente, davam o seu contributo para o insucesso escolar.
Actualmente esse é apenas um dos muitos motivos. Segundo o Ministério da Educação, todos os anos em Portugal, cerca de 15 a 17 mil estudantes abandonam os estudos sem completarem o ensino básico. Assim, existem 200 mil jovens com menos de 24 anos, sem escolaridade obrigatória. Este facto deve-se às inúmeras causas, internas e externas à instituição escolar. As razões podem ser:
- familiares (baixos rendimentos, vida familiar disfuncional, relações parentais abusivas, quando se tratam de minorias étnicas, etc);
- individuais (fraca dedicação à escola, baixa auto-estima, insucesso escolar, problemas de saúde, toxicodependência, etc);
- escolares (horário fatigante, fracas expectativas dos professores, sistema disciplinar ineficaz, inexistência de serviços de apoio aos alunos, etc);
- sociais (sistemas de transporte ineficazes, grande incidência de actividades criminais, etc).
Esta realidade tem consequências negativas para o desenvolvimento do país e questiona o valor do actual sistema educativo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Abandono dos Idosos

O tema desta semana é o abandono dos idosos nos lares. Para conseguirmos estar mais dentro do assunto fomos ao Lar de Alcantarilha, no Algarve, ver o seu funcionamento e conseguimos realizar uma mini reportagem sobre o assunto. Com o passar dos tempos, muitos são os casos de abandono visíveis nos lares de terceira idade. O bem-estar é um dos aspectos cruciais e mesmo indispensáveis nesses estabelecimentos que garantem uma boa qualidade de vida dos utentes do lar. Torna-se difícil para as entidades competentes responder a todas as necessidades visto o leque de carências ser demasiado vasto. Por se tratar de uma questão social e uma preocupante problemática dos dias de hoje, visto estar a aumentar a esperança média de vida, torna-se indispensável um bom funcionamento tanto das instalações como dos próprios procedimentos oferecidos pela Acção Social. O abandono dos idosos é mais do que o próprio acto em si; é uma questão de ética, de moralm mas sobretudo é uma questão de dignificação da vida humana. Com mais ou menos idade, com mais ou menos experiência de vida, mais ou menos capacidades físicas somos humanos, temos necessidades, temos carências não só físicas mas também psicológicas e, estas as instituições, por muito que tentem, não conseguem substituir uma família, não conseguem ser mais do que trabalhadores que zelam pelo bem-estar. É preciso mais! É preciso uma lição de moral, é preciso uma nova educação, é urgente dignificar e humanizar esta gente que carece de princípios...

Casamento Homossexual


O casamento homossexual tem sido alvo de grandes contestações e de fortes correntes contra e a favor na sociedade actual. No parlamento discutiu-se e no palácio de Belém pediu-se a revisão desta situação na constituição portuguesa. No entanto, legal ou não, a opinião pública diverge em muito e são cada vez mais as opiniões formadas pelo povo português. Para sabermos um pouco mais sobre esta questão fomos à comunidade universitária perceber até que ponto é ou não aceitável o casamento homossexual.

Qual é a tua opinião sobre as relações homossexuais?

1. Mafalda Ferreira, 19 anos, Ciências da Comunicação - Na minha opinião, as relações homossexuais actualmente devem ser encaradas como qualquer outro tipo de relações. Os tempos mudaram e as mentalidades devem acompanhá-los. Foi com esta evolução das relações humanas que as relações homossexuais se fizeram denotar. Talvez já existissem antes de se tornarem tão conhecidas, mas devido ao seu significado tão pejorativo eram consideradas como algo não aceite totalmente pela sociedade. Hoje em dia, a política tomou esta questão como pública e criou uma legislação aplicável a este tipo de relações, o que facilitou a aceitação por parte da sociedade – o papel da política neste assunto foi muito importante para que os homossexuais não se tornassem indivíduos socialmente excluídos.
2. Marta Rodrigues, 19 anos, Arqueologia – Acho bem que seja aprovado o casamento homossexual, não por ser lésbica, mas porque acho que todos temos os mesmos direitos. É uma coisa lógica.
3. Pedro Jesus, 21 anos, Engenharia Civil – Sinceramente não concordo. O casamento é para ser feito entre homem e mulher. É uma tristeza autorizarem coisas destas cá em Portugal.

De acordo com o nosso estudo, as opiniões divergem. Muitos são aqueles que apoiam a aprovação do casamento homossexual e tantos são aqueles que mostram o seu desagrado perante a situação. No entanto, como a opinião pública não conta para esta decisão, pode-se dizer que, independentemente da escolha, haverá sempre opiniões contestatárias.

A definição exacta de Casamento varia historicamente e entre as culturas, mas na maioria dos países é uma união socialmente sancionada entre um homem e uma mulher (com ou sem filhos) mediante comunhão de vida e bens.

Em Portugal, para quem não sabe, a definição de Casamento é o vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental, religioso ou social e que pressupõe uma relação interpessoal de intimidade, cuja representação arquetípica são as relações sexuais, embora possa ser visto por muitos como um contrato.

Um Casamento Religioso ou Matrimónio Religioso é uma celebração em que se estabelece o vínculo matrimonial segundo as regras de uma determinada religião ou confissão religiosa. Este submete-se somente às regras da respectiva religião e não depende, segundo a religião em que celebra, do seu reconhecimento pelo Estado ou pela lei civil para ser válido.

O Casamento Civil é um contrato entre o estado e duas pessoas tradicionalmente com o objectivo de constituir família.

União de facto é um instituto jurídico que regulamenta a convivência entre duas pessoas sem que a mesma seja oficializada de alguma forma (como, por exemplo, através do casamento civil).

É visível a diferença nas definições entre países: em Portugal, consta apenas a união entre duas pessoas, não havendo portanto qualquer indicação referente ao sexo das pessoas em causa; já na Inglaterra, por exemplo, na definição exacta há referência ao sexo, fazendo jus ao seu significado na língua inglesa “união entre duas pessoas de sexos diferentes (…)”. Sendo isto um passo para o esclarecimento desta problemática, Portugal está a caminho de se tornar o oitavo país que aprova o casamento homossexual, apenas excluindo a hipótese de adopção por estes casais.

E tu, concordas? Dá a tua opinião!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Toxicodependência - Uma vida Recuperada

Outro dos problemas mais graves da nossa sociedade: a toxicodependência. Escolhemos este tema porque, para além de ser um tema sempre actual, conseguiamos, muito facilmente, fazer uma reportagem radiofónica com um testemunho real. Por isso, começamos por falar um pouco sobre as drogas e, por fim, colocamos a reportagem radiofónica para todos aqueles que acharem interessante ouvirem uma pessoa que teve uma longa passagem pelo "mundo dos mortos." Segundo a Organização Mundial de Saúde, DROGA é qualquer substância natural ou sintética que, ao ser introduzida no organismo, pode modificar uma ou várias das suas funções. Há drogas cuja venda é livre, drogas lícitas, como por exemplo o álcool, o tabaco e alguns medicamentos, e outras cuja venda é proibida, que são as drogas ilícitas. Como exemplo de drogas ilícitas temos: o haxixe, o LSD, o ecstasy, a cocaína, a heroína, a marijuana, etc. A heroína deriva da morfina e esta do ópio e o ópio é extraído da papoila mas o seu efeito de euforia é muito maior. O que o toxicómano procura na heroína é o flash, isto é, uma sensação brutal e efémera, física e psíquica, no momento da injecção. Para manter a sensação as doses vão aumentando o que pode levar à morte.
A droga modifica a personalidade do indivíduo. Sob o seu efeito as pessoas deixam de ter vontade própria e realizam actos que, em condições normais, nunca realizariam.
O seu preço é muito elevado o que pode levar o toxicodependente a roubar ou a traficar para conseguir o dinheiro de que necessita para a comprar.
Como o toxicodependente consome, normalmente, várias doses de droga durante o dia, o que impede que se concentre, a sua produtividade começa assim a baixar, o que lhe torna o emprego instável.
Muitas drogas provocam agressividade nos indivíduos que as consome e essa agressividade acaba por ser descarregada nas pessoas que o rodeiam, especialmente na família.

Por isso... já sabem... digam NÃO às drogas!


Vida Atrás das Grades


O sistema prisional em Portugal tende a funcionar de uma maneira retrógrada, ineficaz, precária que visa a padecer de respostas aos problemas sociais na nossa sociedade. A ocupação dos estabelecimentos prisionais ultrapassa os 100% e não conseguem dar resposta às necessidades de acolhimento de todos os reclusos. Há casos de ocupação de 234% como a de Elvas e mesmo em Portimão com uma taxa de 214%. Os estabelecimentos começam a ser poucos e pequenos para tantos presidiários, o que origina de facto uma fraca resposta por parte do estado à justiça em Portugal. Para além do excesso de utentes nos estabelecimentos, as condições básicas de sustentabilidade de vida são muitas vezes quebradas com a agressão, a violação e o ataque constante a que estes são sujeitos. Não se trata de tratar bem um criminoso, mas sim, de garantir os cuidados mínimos de vida a um ser Humano. Os relatórios impiedosos de vítimas de agressão têm vindo à tona da água, e cada vez mais se sabe o abuso de poder que se vive dentro das quatro paredes de um estabelecimento prisional. Os utentes são espancados, são expostos a torturas inacreditáveis e atrozes à dignidade. Dentro da prisão existem grupos formados os quais entram em rivalidade constantemente. Conflitos estes de que resultam graves feridos e por vezes mortes. Estes conflitos fazem desencadear climas de tensão e stress que originam castigos a todos os culpados e uma corrente de comportamentos violentos aos quais a resposta não é menos violenta. O problema aqui passa não só pela problemática das pessoas em questão, mas também desta filosofia de vida que se vive. Se tudo gira em volta da violência, normal é que origine mais violência. Se a agressão é motivo de hierarquia, natural é que todos queiram atingir o topo atacando a fraqueza dos que os rodeiam. Há que mudar, há que fazer um esforço e tentar agir de uma maneira diferente não recorrendo à morte e ao espancamento como forma de espectáculo aplaudido.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Direito de Antecipar a Morte?


O nosso primeiro post é sobre um dos temas polémicos da nossa sociedade: afinal temos ou não o direito de escolher quando e como queremos morrer?
Este tema já vem a ser debatido desde há muito tempo atrás e, actualmente, continua a ser tabu e também chocante para algumas pessoas, uma vez que interfere com determinados princípios.

Afinal o que é a eutanásia?
Pode ser considerada um "Suicídio Assistido" ou "Morte Voluntária". É a prática pela qual se retira a vida a uma pessoa debilitada de maneira controlada e assitida.
Há, então, três tipos de eutanásia: a voluntária, a não-voluntária e a involuntária. A eutanásia voluntária é aquela em que uma pessoa ajuda outra a acabar com a sua vida. Uma morte, então, voluntária e assistida.
A eutanásia é não-voluntária quando é retirada a vida a uma pessoa que não tenha capacidade de escolher entre a vida e a morte devido, por exemplo, a um acidente ou a uma doença.
A eutanásia involuntária é aquela em que a pessoa em causa podia ter recusado a sua própria morte, mas não o fez (ou porque não perguntaram ou porque a pessoa não consentiu nem recusou).
Existem também duas formas de realizar a morte: a injecção letal, que é referida como eutanásia activa, e retirar o tratamento que permite que a pessoa em causa continue viva, que é referida como eutanásia passiva.

Muitos são os argumentos contra a eutanásia. Actualmente, os Estados americanos do Oregan e Washington, juntamente com a Holanda e a Bélgica são as únicas jurisdições do mundo que permitem especificamente a eutanásia e o suicídio assistido.
Contudo são muitos os casos que têm surgido nos últimos anos noutros países.

Um caso bastante polémico foi a morte de Eluana Englaro, uma italiana que estava em estado vegetativo há 17 anos, fruto de um acidente de viação. Há 2 anos resolveram suspender a alimentação artificial e hidratação que a mantinham viva, falecendo, então, com uma paragem cardíaca causada pela desidratação. Os seus pais lutavam há 10anos para que a deixassem morrer afirmando que era o desejo da mesma.
Esta situação gerou uma grande polémica, pois o próprio ministro italiano, a igreja católica e até a legislação portuguesa opuseram-se contra a situação.
Outro caso foi o de Nancy Cruzan. Esta sofreu um acidente de automóvel em 1983, com 25 anos. Entrou em coma vegetativo permanente. O seu caso foi discutido nos tribunais durante alguns anos, dada a sua convicção de realizar a eutanásia. Os juízes acabaram por permitir a sua morte, desligando, deste modo, as máquinas que a mantinham viva em 1990.

Em Portugal, a prática da eutanásia vem na Constituição da República Portuguesa. Segundo o código que rege a actividade médica e o cidadão geral, a eutanásia é considerada "homicídio, homicídio qualificado; homicídio privilegiado, homicídio a pedido da vítima, incitamento ou ajuda ao suicídio, homicídio por negligência, e, em todos eles se inclui a eutanásia".
Contudo têm surgido números elevados de casos privados no nosso país.

E vocês, caros visitantes, temos ou não o direito de escolhermos aquilo que queremos fazer com a nossa vida? Será que vale a pena viver sem poder sair da cama? Se fosse a situação de um familiar vosso autorizavam esta prática tendo em conta que acabavam com o sofrimento da pessoa, mas que isso implicava tirar a sua vida?


Joana Varela
Catarina Taveira
Raluca Iancu

segunda-feira, 8 de março de 2010

Sobre nós ...

Bem-Vindos

Acabam de entrar no blog temático de Catarina Oliveira e Joana Varela, alunas de Ciências da Comunicação na Universidade do Algarve, e Raluca Iancu, aluna de Erasmus da Roménia. Com este blog pretende-se lançar um tema, todas as semanas, relacionado com os assuntos mais polémicos da sociedade em que vivemos e também fazer algumas comparações com a Roménia.
Contamos, então, com a colaboração dos visitantes que podem aqui deixar os seus comentários.
Obrigada a todos.

Saudações Académicas