
Um caso bastante estranho, mas também bastante comum na actualidade é a devolução de crianças após terem sido adoptadas. Em 2009, foram devolvidas às instituições do Estado 16 crianças adoptadas (menos 4 que em 2008). As razões para este problema ainda se encontram em estudo, mas crê-se que seja devido ao arrependimento dos casais que descobrem que, afinal, não estavam preparados para lidar com um filho ou a ocorrência de um inesperado divórcio e a falta de entendimento entre as partes quanto à custódia das crianças.
Segundo Idália Moniz, Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, das 2776 crianças (dados de Fevereiro de 2010) disponíveis para a adopção, 574 ninguém quer devido a terem mais de 3 anos, terem irmãos, serem doentes ou terem uma cor de pele diferente. É duro, mas é a realidade nua e crua. Para aqueles que não têm consciência dos actos que fazem, esta situação é bastante complicada não só para a instituição em si que fica mal vista, como também para a própria criança que acaba por sofrer por falta de amor ou por andar sempre de um lugar para o outro. As crianças não são bonecos e muito menos objectos que compramos e, se não estivermos satisfeitos, devolvemos "no prazo de garantia."
Que tal salvaguardar mais aqueles que pouco podem intervir neste assunto?
Acho simplesmente decadente esta situação. Se querem adoptar crianças, entao que o façam sabendo que poderão dar uma boa vida, carinho e amor. Agora adoptar e, mais tarde, devolver como se as crianças fossem meros objectos é que não está com nada. Na minha opinião, acho que a adopção devia ser um processo ainda mais rigoroso para que situações como estas não aconteçam.
ResponderEliminarNestas situações, só o uso da palavra "devolução" já é, no mínimo, ridícula. Parece que os supostos pais não estão contentes com a "compra" e querem devolvê-la. É óbvio que muitas destas pessoas, para além da sua condição monetária, apresentam problemas do foro psicológico. Psicólogos poderiam ser uma boa solução, para avaliarem estes candidatos à adopção de crianças. Assim, algumas situações poderiam ser previstas e evitadas.
ResponderEliminarRúben Oliveira, nº 36859